sábado, 7 de julho de 2007

Jornal O Tempo - 2/10/2006 -

DENISE MOTTA
Um candidato a deputado estadual será investigado por crime eleitoral em Montes Claros. Há suspeita de que Ruy Muniz (PFL) teria trocado combustível (gasolina) por votos, na cidade localizada no Norte de Minas. O peefelista teria determinado o abastecimento de dezenas de motocicletas e de carros no começo da tarde de sábado, véspera das eleições. Conforme boletim de ocorrência do 10º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Montes Claros, uma funcionária do posto testemunhou contra o candidato, que alegava tratar-se de "doação". A Polícia Militar esteve no posto "Rodoviária" por volta das 14h30 de sábado, devido à denúncia de Lael Torres e Antônio Carlos de Melo, e apreendeu uma lista com 267 nomes, supostamente beneficiários da "doação". Os denunciantes são candidatos a deputado estadual e federal, pelo PRP, respectivamente, e estavam no local.

Apesar do flagrante, ninguém foi preso. No sábado, a ocorrência foi encaminhada para a Justiça Eleitoral da cidade pela Polícia Federal (PF). Em entrevista na tarde de ontem, o chefe da PF na cidade, delegado Marcelo Eduardo Freitas, explicou que a denúncia se trata de suposta captação de sufrágio. "Havia uma lista de supostos beneficiários", ressaltou o delegado. Nove dos 267 carros que constavam na lista já teriam sido abastecidos. Inquérito para apurar as denúncias deve ser instalado nos próximos dias, conforme o juiz eleitoral da cidade, Milton Lívio Lemos Salles. "Já despachei pedindo investigação, mas é cedo para afirmar qualquer coisa. Ainda é prematuro falar em cassação de mandato, caso ele seja eleito", considerou o juiz.

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